quinta-feira, 3 de abril de 2008

mãe e leite


que de um sentir denso de desterro
acorda um marejar belo de olhos
transborda
e a identificação vem nessa linha
do cuidado e da falta.
e a identificação, é tudo isso...
uma "legitima raiva" sem direção
que tenta transcender,
e vem,
com'uma asa bem grande e um querer de colo...
numa lembrança azul...
resgate eterno,
pelo colo imaterial de quem gerou.

e terno, as mãos (pretas) de unhas e as histórias antes do sono.
quem?!... que mais?!...

só agora que
cheiro
infinito
o 'presente' contem,
de um,


tudo.
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ps: escrevi isso prum amigo, em resposta a um depoimento q ele me escreveu.
luiz... ele tá indo morar na áfrica, angola, acho. o pai de luis era guerrilheiro. luiz hoje é pai.
isso é sobre essas procuras. um recortezinho.
ps1:a foto eu touxe do google, a pesquisa foi "mãe de leite", aí achei essa linda imagem, em q o mamar é por outras vias.
não sei nada mais sobre, alem do que ela me diz quando vejo.
se alguem souber pode me dizer...
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ps2: esse foi o depoimento que luis me mandou...
Como margaridas espalhadas no campo,
Como beija flor no jardim,
Como o sol que desponta no horizonte,
Como ninhos de nova vida,
Como balanço do mar,
Como primeiro beijo,
Como força de voar,
Como desejo do aroma de jasmim...
Sinto o caminhar entre pedras desabrochar dias floridos como teu sorriso!
Poeta do além

segunda-feira, 10 de março de 2008






Do autor:


Alusão à Muito Além do Jardim, filme de Hal Ashby.

E os sons invadem o espaço

tempo

Piano surpreende com suas palavras
Tão próximas da alma ele transita

Sem verbo,
sem ação,
estacionado.

Como que preso no tempo da sensação.



ps: esse foi um comentário q "o irmão sol" d deixou na postagem anterior. resolvi publicar. a foto foi tirada em janeiro de 2008, durante um encontro q a gente realiza em são josé do egito, pernambuco-sertão. quem me passou a foto foi minha amiga linda de sol, soraya. ela é uma das sombras da foto.
Escolhas


Andar

Correr

Desviar

Permanecer

E as folhas que caem no outono
escolhem seus caminhos?

E o vento cria resistência

E o tracejar de cada folha define sua

queda lenta

O chão aguarda

calmamente observando sua sinuosidade

Espera como quem olha

Olha como quem compreende

Que as coisas caminham apesar de tudo




sexta-feira, 7 de março de 2008

do meu irmão sol...



Uma alusão a um dos filmes do Kurosawa que eu mais gosto...



Depois da Chuva

Uma nota, um canto
E as palavras que soam como piano
caminham no ar
desenham sentimentos na areia
e a água vem
e apaga.

Sentimento que enraíza, no entanto
Clareia a noite, noite a dentro
Cria,
transforma
e aparece.



Belo, puro e sereno
como a primeira gota de orvalho.

do
seu irmão
sol,


D
ps: esse poema é do "meu irmão sol" carlos eduardo tsuda.
"depois da chuva" é o primeiro longa-metragem do japonês takashi koizumi e foi o ultimo roteiro que escreveu akira kurosawa. koizumi, tendo sido aluno de kurosawa em tóquio, filma seu roteiro em retribuição ao dom, "depois da chuva".