sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

só falar um pouquinho com a irmã

oi aia,

se você estiver no trabalho
responda loguinho
tudo bem com você
se você quiser saber eu estou bem
eu so quiria falar um
pouquinho com você
então tchau tchauzinho

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

sol e chuva no japão

mis ojos son de un profundo abisal e hondo. rotundo redondo. huevo.

mi amor és amor de cría. animal. amor de madre. color de tierra. olor de mora.

no estoy fallecido, ni inerte soy. ni tampoco me quiero muerto. no entanto, invento largo.

soy un perrito mui tonto!...

mi trabajo es mi cárcel, mi pacto social, mi cambio... mi faena en la morte-vida. mi miracion, mi pasaje, mi presagio, mi algurio. mi señal. mi fusión en pájaro.

Se seguiremos amigos?
si si, siempre seguiremos. serenos e hermanos. que en nuestro sangre hay todavía vestigio de las huellas de los viejos de antaño.


http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=2392167246105059267&aid=1260781674

bocage

deve aprender a construir ninhos
Quem ovo quiser botar no mundo. 
deve aprender a construir mundos 
quem ninhos quizer.

bora ser mais gente ave! que se derrama.
 avé maria mãe de misericórdia, córdia que
cargas d'água de serra pelada, 
gente bonita de coisa de ave, coisa 
avé cantiga de cana, caldo veloso virado 
oeste, leste... porra nenhuma de métrica! 
o silêncio é metrificado pra caramba...

se escrevo, abro um pé daço, 
se descrevo invento outro.
 curtoegoegogógaguejogargarejo
Na frente de boca aberta 
camisa de forma bolo de minho 
bolacha redonda tao mínino 
tapa forte farta cheia feito lua figurafigura.

pronto,meu improviso tá uma porcaria
Porcaria de porcos feitos
feito o que eu sonhei desenterrando
da terra escura do quintal. 
Adimiração pelos porcos dos judas de deus 
não são comidos pelos judeus 
amigos dos persas e das noivas 
das persianas e das fadas 
amigos das noivas, os viados 
os veados, os vereadores, os vivos... 
etcetera e tal theo, e tudo junto. 

tamarindos doces acres atrevidos, 
ganhei-os de uma pessoa que inventei agora, 
uma pessoa que bem que podia se inventar também
 me dando, ou tamarindos, ou outras frutas. 

quimeras, quimeras! meras quimeras. 
perco meu tempo, acho bom viver. 
O drama faz parte do ser 
sexo grupal essa dimenção ampla do universoeu
vivo só, sozinha e deus, caminha, colchão - travesseiro não! 
coração coralino, quer sintetizar e não consegue,
quer cantar além, e fica mudo,
quer disser não sei, e diz que sabe.

 vaidoso core, corre corre correpassa,
 uva, e passa, cajú jucá, pé de caroço no tronco,
doente e apazigando a vista, velando,
velando, velando. 
vou embora e sinto dor 
as ancas estreitas dormentes 
dale miúdo fluxo
 farto meu abraço em mim 
mesma e minha 
segurança no ônibus. 

ele está assustado, eu não 
sei fazer cafuné é proteção? 
eu prefiro achar q não é só 
um carinho livre que quero dar 
mas pode ser falha, ato falho... 
será só coisa de mulher 
querer ser mãe? 
conheço um bucado que não quer...
 eu quero, 
ampliar essas individualidades: valsas 
as luzes astrais das estrelas dos breus... 
poema sem pé pelado de novo 
nova coisa velhice vasta 
- basta. quanta auto-crítica. 
insegurança. pressa.
crítica da auto-críticaí 

 amanhã o sangue sai. 
bem vermelho aroeira e preto amora.
aguaceiro da inconfideência 
carta aberta ao partido alto 
inverno em minas gerais 
eu conheci um menino de ouro fino 
ele chama felino rei da cidade 
ele é um sufi no armário
um bicho alaranjado que atravessa a estrada à noite 
meu dinheiro de cem é azul e novo 
(tem peixe no aquário de fernando peres)
tem banheira no quintal da casa tem 
casa aqui batendo as portas 
quero voltar a imaginar o canideozinho de rabo, 
rabinho de olho de canto canto 
de gente de orientes médios 
meio lá, meio cá... no trânsito. 
que trabalho o dos burocratas: constitucionalização do sentir.
 êita o ânimo, o fogo interior.
 sou marinha de peixe, espadatchim peixe 
de branca de neve. lábio corado, açai 
e guardião zum de bezouro, um irmão 
mais ovo. beijim beijim 
na escolinha do prof raimundo 
girafales, sociales - disse 
O argentina em alemão oriental eu traduzi 
o texto todo não deu, pra ter muita compreenção do que se queria 
realmente isso deve ser um bom sinal 
as certezas extrapolam os limites 
só sei que nadar não sei se sei 
mais faz tempo que não mergulho fundo essa maré?... 

muita china da terra me olha me aperta
deixa eu dar mordida, deixa vai?! 
no dedinho mindinho no antebraço...
minha boneca disse: deixe comigo, fique na sua, confie. - tá tudo certo. 
quero morder, morder morder morder morder 
tive a pior cólica da minha vida quase 
desmaio e morro na rua tomei 
um comprimido branco pra dor e 
um suco de graviola com leite vomitei 
tudo quando misturou na barriga só 
assim melhorei, vomitando e ficando 
fraca, e durmindo no chão. só 
assim eu durmi de tarde e descansei 
a carne. 
desejo-lhe melhoras orai 
pra quem possa ajudar enquanto eu vou embora.
 Dráuzio Varela é um médico bem conceituado, habla con elle! 
prefiro almodovar - que me chega! 
varela pode até ser bom, mas à mim ao bico não chega 
variola, vara, vaca, vasta, vacina... 
já passou, maninho, já passou. 
q o que a gente diz, melhora dentro: 
q quando a gente conta, seu males desconta. 
 "maliciosas jogadas juvenis" 
cada joguinho no video é um passo 
para vencer a vida que no entanto 
não está encarcerada
segue livre 
de forma exterior a nós, e a malícia de cada jogo dai-nos hoje

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

passarinho de água



fiquei pensando um pássaro pra ele.
veio na cabeça o pelicano.

achei uns simbolismos bonitos de amor e cuidado.
o pelicano é pescador
igual ao pedro bíblico.

e os peixinhos são os peixinhos mesmo
que ele sedia no bico-papo e tranforma em alimento pra crianças dele.

a mãe pelicano.


http://www.masonic.com.br/trabalho/pelicano.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pelicano

dois irmãos/rui barbosa

Duas menininhas cantavam no ônibus de domingo, os percursos são longos, e estive querendo cantar com menininhas no ônibus. Cantaram a música do sapo que não lava o pé, depois uma canção de novela que eu não conheço. Tinham os cabelos presos e cachinhos castanhos, uns mais claros, outros mais escuros, todos profundos. Os espirais das cabeças das menininhas amigas. Mais ainda... Os caminhos longos, os brincos de pérola plástica das mulheres caramelo. Elas domesticando os cabelos que teimam. Gosto do que teima Gosto de cabelo que teima pelos que teimam nascer força dos fios...

como camus

07 de dezembro de 2009.


Céu largo da várzea, azul das caixas d’água Brasil it.

Meu sertão velho, desterro meu
Sinto-me estrangeira em qualquer canto. Mas, amo:

Jabuticabal. Açaí, jabuti. Caramboleira.

Hierofante, infante, ave migrante... Elefante e magro.
Cavalo gente, cavalo ave... crina crina
Minha perna ferida viva e acesa
Minha dor e realeza no pasto
Capim dor enorme

As coisas acontecem e não
Na rua alta chora a criança que apanha do pai
Na construção do lado uma percussão no sol

Nada e nada

Nenhuma coisa nenhuma.
Tudo junto e fragmento

Veio o homem de azul cobalto trocar a água de bicicleta.
(Que quer dizer isso...?) Conversamos sobre ressaca e segunda.

A várzea é um lugar bonito que inda se anda de bicicleta sempre. É uma periferia.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Boés

por entre as pedras dos caminhos secos
boés berrando baixo em bérr berrando
berrando água em sede vão e pranto
jorrando rios deleites e segredos

boés tremendo os lábios dentre cedros
trovando o céu que treva em trovoada
furando pingo-a-gota ardura estrada
cavando funda a dor dos olhos negros

Porém boés simulam seus enrredos
Aos olhos de Deus plenos desertos
Sinceros, saltitantes e despertos

Encontrados às ancas solvem medos
Seus cantares expressam sons abertos
Brandas musas abençoam seus concertos

terça-feira, 1 de dezembro de 2009