quero matar o menino
com espada reluzente
vermelhar a terra quente
no caminho da igreja
quero matar o menino
ou qualquer cristão que seja
quero matar o menino
quero morrê-lo de dente
arrancá-lo do presente
enterrá-lo em minha fé
quero matá-lo e axé!
morre menino
morre menino me morre
sangra menino
sangra menino me sangra
gné da selva
20.11.12
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
quadras
(Quadras
construídas em função da abertura da apresentação do texto “O médico volante”
de Molière, 30 e 31 de maio de 2011, no Centro Cultural Correios, direção de
Lívia Falcão).
Chegamos
trazendo a festa
A
farsa e os folgazões
As
trovas, a alegria
A comédia
e as canções
Polichinelos
saltados
Saltimbancos
canastrões
Arlequins,
servos, criados
Figuras
e fanfarrões
Nobres,
burgueses, patrões
Dos
negócios sempre ocupados
Não
têm empregos, têm filhas
De
casamentos marcados
Médicos,
advogados
Profissionais
liberais
Na
oratória têm fé
Às
vezes falam demais
Diz
o dito popular
Pobre
carece do pão
Precisa
de trabalhar
Nos
mandados do patrão
Criadagem,
agregados
Também
são da oralidade
Resolvem
tudo na fala
No
gesto, na amizade
Dizem
que quem passa fome
Na
vida fica sabido
Pois
sabe que o mais importante
É
estar forte e nutrido
Casais
de enamorados
São
audazes e altivos
Frontes
febris, acamados
De
corações aflitivos
Em
estado meditativo
Fica
a pessoa que ama
Sente
gosto em estar vivo
Na
leveza se derrama
Vi
dizer que à paixão
Não
tem remédio que cure
O
fogo da chama é forte
Eterno
enquanto dure
Eu
como não tenho tempo
Nem
dinheiro pra perder
Onde
passo, encho meu copo
E
não quero nem saber
Pois
bicho que pula cerca
Não
se afoga em ribeirão
Sei
entrar e sei sair
Não
dou trabalho a patrão
Sou
prima e agregada
Dessa
família em apuro
Muito
nobre e mal cotada
Devendo
e sem pagar juros
Pela
santa inquisição
Imploro
ao senhor, deveras
Foi
mandado do patrão
Não
vá me atirar às feras!
O dinheiro
é coisa boa
Compra
terras, compra gado
Só
não compra o amor
Do
peito dos namorados
Plantado
um pé de paixão
Não
arranca qualquer um
Só
arranca alguém bem santo
Que
tenha feito jejum
Um
pé de amor foi plantado
Quem
teve visão regou
Mais
na frente alguém colheu
E os
frutos, outro comeu
Senhores
da medicina
Que
têm estudos demais
Não
sabem as minhas sinas
As
raízes dos meus ais
Hoje
fui doutor aqui
E
muito fácil eu achei
Da
moça bebi o xixi
E
paga em dobro ganhei
No
peito dos namorados
Paixão
é patologia
E
a cura da medicina
É
um balde de água fria
Adeus
até outro dia
Vamos
daqui pra outras prendas
Outras
praças e teatros
Cantar
mais farsas e lendas.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
I^I
brasilia-centro
lugar-não, lugar
invento de viagem
ânsia de liberdade
pedro, és pedra
e de ti construo minha igreja
palavra pingando pulo de pulso
de paulo...
pulsou psicomágica
palavra pontiaguda
pela estrada fora
peleja
sábado, 9 de junho de 2012
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