segunda-feira, 19 de agosto de 2013

*) entre mar e lua

(às parceiras marina e luciana)

sou esse farol atravessado
entre a mutante lua
e a marina nua.
água bravia movida.

sou essa luz humana
conduzida, com sentido de porto,
busca, barca, balça, jangada.
alma embalada,
conduzida.

sou esse entre, luz menos que a lua,
mas quando se põe escondida
sou arranjo de luz nascente
à terra obscurecida.

entre as duas, sou esse ponto vago
e fixo. farol claro de encontro
da noite com o chegar.
do barco de embarcar.

na casa da mãe de arreia
graça, canção e sereia;
aquela que vem do mar.

domingo, 11 de agosto de 2013

al eu



aqui nem chove nem molha
como pai que só tem no cartório
ou nem.
aqui tempo paradão
cachorro preto acuou na porta
era matilha de rua
alcatéia de lobo urb
coleira até.
eu quase não saio...
eu quase
eu.
uivo ruivo violado
viola vila vilão
plebéia da eucatéia.

no correr da luta.

sábado, 27 de julho de 2013

# divergente diversa



Meu verso se dissipou
Discipulado avesso
Diverso e delgado
Verso delegado
A toga

Verve do verde
Verso voraz avessado
Tempo de diluir a pedra
Tempo de construir iglu

Tempo inverso
Verso de cobertura
De bolo, de jejum
Dividida dúvida
Dar de vida

Tempo de ser ouvida
Por mim

Verso de casa
Fogão, morada
Caverna avessa
Estrada interna

Tempo voz de aquietar
De caminho síntese
De planta proteica
Raiz plena

Templo mãos de limpar
O excesso pra acesso
Do disperso desempeço
Foco de centro ingresso

 Chão da terra
Pele boa

Tempo de acalentar matéria
Disciplina, cadeira, assentar
Mediação de inverno
Recolher os gravetos
do fogo

Tempo de consertar os canos
Síntese dos anos, luz

domingo, 16 de junho de 2013

rês suscita

Quero que o menino viva
com todo viva da gente
feito ser onipresente
deus humano e renascido

Consciente agradecido
luar reluz de repente
mês de junho referente
do milho melhor nutrido

Que seja semente rara
plantada na terra cara
abundante de amor

Que cresça com tao cuidado
pelo céu abençoado
grato lótus refrator

Que se enxergue essa luz
branca luz de toda cor
Observe o que conduz
e a que mares induz
o cuidado acolhedor

E sempre lembra, menino
do auto amor que se pede
do alto amor que se tem

Nunca te esquece, menino,
que a dor faz parte da graça
e sempre que rompe a casca
força infinita vem.