Que me fazem chão
Mãos que buscam esferas
Dedos que buscam buracos
Olhos lascinantes, feras
Crateras, penhascos
Narinas gotejantes
Grutas esculpidas
Por águas salobras
Pari Deuses
Que me fazem chão
Me dormem leito
Me sorvem peito
Devorando vorazes
Em seus deleites
Minhas carnes e conceitos
Leite e confeitos
Lascivos de jeito
Os pari, e agora são externos
Dois deuses de feição mutante
Face sóbria de abismos
Velhos em pequenos corpos
Cheios do fugaz perene
E certa do presente hóspito
Eu pari dois deuses de feição
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