"Cidadão vitoriense"
Um título sem sentido
Uma forçação no sense
Homenagear perdido
Mas fica subtendido
Desespero que há em vista
Um comprovado golpista
Com julgamento na cola
Comprando até essa esmola
De terra à ele mal quista
Por detestar nordestino
E se achar branco da nata
Vai atirando a fragata
De ofensiva sem destino
Desprovido de refino
Urrando à Zona da Mata
O inelegível relata
Querendo passar no teste
"Olhe, eu sou cabra da peste,
Mas não sou cabeça chata"
Um punhado embevecido
Se põe prostrado à aplaudir
A pular e a sorrir
Sentindo-se comovido
Fazendo de maluvido
Vai o gado vira-lata
Adorando quem o destrata
Sem preceber-se oprimido...
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