segunda-feira, 2 de novembro de 2009

araracangas e acangataras.

20:09 hugo: diz naira@

eu: oi guinho

20:11 vi tantas armas hoje

hugo: armas de fogo?

20:13 eu: laminadas, de fogo, ideológicas.. cortantes furantes sexys corpo denso humano20:14 e água fluindo moedas leões
20:15 corpo pesado e denso

hugo: onde foi isso? sonho?

eu: renascimentos
cintos de castidade
coisa bruta
20:16 muita releitura em mim... uma alemanha no meio de tudo, e a dimenção dos convites de deixar-se ampla
20:17 muito embora, numa agoniazinha de busca de desejo romãntico
20:18 uma mistura onírica
foi no museu de ricardo aqui na vázea hihi mas eu tinha olhos e coração tão aforando hoje20:19 tenho

hugo: hahahaha

eu: acabei de receber uma email tão q ver

hugo: s´otu mesmo anaíra

eu: eu vinha no caminho pensando na alemanha e quando liguei o computador
20:20 um amigo theo q mora na alemanha tinha me mandado um email q ver com tudo...

vou mandar p tu...


anaira

acabei de acordar de um sonho de você.eu estava na Ucrânia, visitando Drogobitch, a cidade onde meu pai e meu avô nasceram. A cidade era linda. Tinha ruelas com edifícios medievais. Tinha um sol de outono. De repente você veio falar comigo e me puxou para uma ruela deserta, me disse que queria mostrar alguma coisa. Você tirou a roupa e entrou num açude. Aí já não era mais a Ucrânia, já era o sertão. Era deserto. Você ficou bastante tempo dentro da água e depois saiu, me mostrando como você fez para fazer que uns certos tatuzinhos não te atacassem. Esses tatuzinhos eram redondos e vermelhos. O chão era muito árido, de repente passou perto da gente um bicho que era uma mistura de escorpião e porco-espinho. Eu fiquei com medo e a gente saiu andando junto pelo deserto.

beijo de berlim


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20:21 tou repondendo ele agora* ...

20:22 hugo: que bonito esse sonho bem visual

20:23 eu: esse é meu amigo que te falei q tava tambem com um filme naquela "janela internacional"

20:24 acabei não vendo nem teu filme nem o dele.
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*theo

uma lua enorme e madre pérola no céu da várzea. passei(a) à tarde numa releitura medieval... um castelo aqui perto. é um museu. e um lago denso... tenho estado numa maré de um passado que reangulo. e esses encontros devem ver.
no entanto, ando num estado elétrico de peixe e numa fissura de mamifero.
a biologia organiza... álmica, étnica, natureza . idade reprodutiva.
no museu, canivetes sob quadros, nu trêmulo nas imagens estáticas de mulheres mareantes. as memórias em movimentos e mormaços. 'palmeiras e urnas', como no meu trabalho.
os músculos de meu pescosso estão tensos, uma agonia de busca. uma estrela vesper cruzou a estrada pensa da busca naquele natal nordestino. meus pés se enterram. vôo. uma ave verde e cinza mista à folhagem de oliveira, desprende do corpo da madeira. eu vaso. um jacaré sutil de uma litografia. os jacarés normalmente não têm umbigo. eu tinha... um umbigo cheio de afluentes de umbigo. a ucrânia, os avós, o açude (meu medo), minha tática com os tatuí-piranga, o companheirismo naquela fauna estranha, nossos caminho desertos. nossas estrelas unidas.

tenho sonhado muito... sem muito lembrar enrredos, sonhos misturados, tenho tido que acordar cedo, no dia-a-dia uma leve impressão das sincronias, as pistas têm pintado, tenho voltado a pintar tambem... a escrever. e essas viagens amplas devem explicar a dificuldade que tenho tido em acordar. em durmir. imaginando muito... trigando das sobrancelhas daquele senhor ponã de muendý tatá.

cheia de sublevaçõesinhas legítimas.

naíra.

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