quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

alaranjados

Ternura, o caminho rubóra,
a poeira, a terra cambiante,
somos essa poeira fina,
brincantes.

Somos esse vento solar,
se dando em chuva,
somos o gosto desse mormaço,
o pé, o passo, o rio debaixo.

Raposa cruzou o tempo e seguimos.

A viola do tatu e a verdade do milho,
a rosa de Guimarães e o estreito de Gibraltar...
o vento se cria, os moinhos despetalando,
os moinhos flores, os moinhos rosa.

Seguimos – há uma direção de ferro,
um metal magmático, um para-raio,
um paralelo, um pára-choque
– seguimos!

Nas pradarias, nas paráfrases, nas por venturas,
lobos, raposas, e fraternos,
solares, enluarados, e santos.


São Paulo,
dezembro de 2009

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